RECORTES DA NOSSA HISTÓRIA: NATAL NA COLONIA.
Palácio de Coburgo, Viena, Áustria, no frio dezembro de 1871: em carta à irmã, a princesa Isabel, a jovem princesa Leopoldina descrevia a paisagem açucarada pela neve e revelava o cotidiano da família real: “ocupadíssima com arrumações…vamos ao circo e depois comprar a árvore de Natal!”. Já era hábito, então, que o pinheiro ostentasse variados enfeites: fios de prata, bolas de vidro, pinhões dourados, pequenas maçãs suspensas em redes e toda a sorte de bombons. Velas de cera colorida ardiam durante o jantar e as crianças, bem comportadas, tinham direito a presentes. É só a partir desta época, que as elites começam a copiar, nos trópicos, os hábitos europeus. Cidade de São Salvador da Bahia, século XVIII: escravos apressados subiam e desciam as íngremes ladeiras que levavam da Cidade Alta à Baixa. Na cabeça, pesadas cestas com perus vivos, bolos e doces feitos em casa. No interior dos caçuás, seguiam bilhetes em papéis recortados, assim como os “presentes” eram envoltos em folhas cuidad...