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Mostrando postagens de dezembro, 2021

RECORTES DA NOSSA HISTÓRIA: NATAL NA COLONIA.

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Palácio de Coburgo, Viena, Áustria, no frio dezembro de 1871: em carta à irmã, a princesa Isabel, a jovem princesa Leopoldina descrevia a paisagem açucarada pela neve e revelava o cotidiano da família real: “ocupadíssima com arrumações…vamos ao circo e depois comprar a árvore de Natal!”. Já era hábito, então, que o pinheiro ostentasse variados enfeites: fios de prata, bolas de vidro, pinhões dourados, pequenas maçãs suspensas em redes e toda a sorte de bombons. Velas de cera colorida ardiam durante o jantar e as crianças, bem comportadas, tinham direito a presentes. É só a partir desta época, que as elites começam a copiar, nos trópicos, os hábitos europeus. Cidade de São Salvador da Bahia, século XVIII: escravos apressados subiam e desciam as íngremes ladeiras que levavam da Cidade Alta à Baixa. Na cabeça, pesadas cestas com perus vivos, bolos e doces feitos em casa. No interior dos caçuás, seguiam bilhetes em papéis recortados, assim como os “presentes” eram envoltos em folhas cuidad...

RECORTES DA NOSSA HISTÓRIA: PEDRO HATES HANEQUIM – BRASIL: O EDEN É AQUI.

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Pedro de Rates Henequim, filho de mãe católica e pai calvinista, mediante complexos cruzamentos entre as religiões da sua infância, a cabala judaica e os mitos indígenas, ele criou uma fascinante e ameaçadora cosmologia que tratava, entre outros tópicos, da sexualidade dos anjos, da crença no poder das letras e da androginia da Virgem. Pedro de Rates Henequim chegou a Pernambuco em 1702 e logo em seguida se dirigiu às Minas Gerais, aos 20 anos, permanecendo no Brasil até 1722. Viveu nas regiões de Sabará, Ouro Preto e Serro do Frio, onde teria convivido com índios, escravos africanos, portugueses que viajavam pelo Oriente, e com as idéias milenaristas do Padre Antônio Vieira, difundidas na região através de manuscritos. Por volta de 1740, Henequim se arvorou em profeta e começou interpretações peculiares da Bíblia. "Graças à inspiração do Espírito Santo" , julgava perceber o imperceptível nas escrituras sagradas. Concluiu que Deus iniciou a criação do mundo pelo Brasil e ...

RECORTES DA NOSSA HISTÓRIA: ALEIXO GARCIA O PRIMEIRO EUROPEU A CHEGAR AOS ANDES.

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Em 1515, Aleixo Garcia embarcou na expedição comandada pelo espanhol Juan Díaz de Solís, que tinha como objetivo encontrar uma passagem para o Oceano Pacífico na parte meridional da América do Sul. A expedição ingressou do Rio da Prata e foi atacada por nativos da etnia guarani. O ataque causou a morte do comandante e de muitos integrantes da expedição. Os sobreviventes, comandados por Francisco de Torres, cunhado de Solís, decidiram retornar à Espanha. Durante o retorno, uma das caravelas naufragou em frente à Ilha de Santa Catarina. Em decorrência do naufrágio, 18 tripulantes (14 espanhóis e 4 portugueses), dentre eles Aleixo Garcia, ficaram na Ilha de Santa Catarina, aos quais se juntou um outro português de expedições portuguesas anteriores, onde se inteiraram da existência de "grandes riquezas" no interior do continente e de um rei branco. Em 1524, após viver entre os índios Carijós e escutar muitos relatos sobre uma “cidade do ouro” organizou uma expedição integrada...

RECORTES DA NOSSA HISTÓRIA: A LINGUA GERAL NO BRASIL COLONIA

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No Brasil Colônia os missionários portugueses que vieram ao Brasil com intuito de catequizar os povos originários entraram em um dilema como pregar a palavra de Deus para os índios sem usar o latim. O pragmatismo prevaleceu e houve a tradução da obra cristã para a língua dos índios principalmente o tupi. Nos primeiros esforços para traduzir algumas orações colaborou Diogo Alves, o Caramuru, naufrago que desde 1509/1510 vivia entre os índios da Bahia. A primeira gramática da Língua Geral no Brasil foi publicada em 1594, feita por José de Anchieta, jesuíta da região de São Vicente. A segunda é a de Luís Figueiras, publicada em 1621, e reeditada em 1687. Luís Vincencio Mamiani (1652-1730) escreveu uma gramática da língua indígena kiriri (já extinta, era falada em regiões do atual Nordeste brasileiro). Recebem o nome de língua geral, no Brasil, línguas de base indígena praticadas amplamente em território brasileiro, no período de colonização. A Língua Geral é uma língua "constru...