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Mostrando postagens de março, 2022

RECORTES DA NOSSA HISTÓRIA: A CAPITANIA DO CABO NORTE.

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  Em 1595 o pirata inglês Walter Raleigh escreveu “O caminho para Eldorado”, narrando as principais expedições em busca de ouro na região. Alemães, franceses e irlandeses, também se aventuraram na Amazônia desde o século XVI. Com a expulsão dos franceses do Maranhão no final do ano de 1615 os portugueses partiram de São Luis com intuito de se estabelecer no Amazonas. A baía do Guajará foi a porta de entrada da expedição de Francisco Caldeira Castelo Branco com três caravelas e 150 homens. De acordo com o Tratado de Tordesilhas as terras pertenciam à Espanha, mas naquele momento os territórios estavam unificados pela União Ibérica. No local, o engenheiro-mor Francisco Frias Mesquita iniciou a construção, à margem leste da baía, do Forte do Presépio (atualmente, Forte do Castelo), marco inicial da fundação da cidade de Santa Maria de Belém do Grão-Pará. Não tardou para entrarem em conflitos com os tupinambás da região que se levantaram sob o comando de Guimiaba (Cabelo de Veia). Ent...

RECORTES DA NOSSA HISTÓRIA: PANFLETOS INCENDIÁRIOS DA INDEPENDÊNCIA II (continuação).

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  Em 1821, os diversos projetos de Brasil se apresentaram de forma clara na arena pública, depois que o rei D. João VI, que vivia no Brasil, foi obrigado pelo Parlamento português a retornar para a Europa. Ao forçar a volta de D. João VI, o Parlamento português esperava devolver o poder a Portugal e reduzir o Brasil à velha condição subalterna.  Algumas províncias brasileiras aderiram ao projeto de recolonização. Esse desejo foi particularmente forte no Grão-Pará, no Maranhão, no Piauí e na Bahia, que preferiam subordinar-se a Lisboa a sujeitar-se ao Rio de Janeiro, conforme panfleto datado de junho de 1822 (às vésperas do grito do Ipiranga) onde o autor do texto, o   português Ignácio José Corrêa Drumond, que vivia no Brasil recorre ao argumento do medo: se o reino luso-brasileiro se partisse, o Brasil independente não disporia de forças militares suficientes para impedir insurreições escravas. Segundo ele, o país poderia se transformar num novo Haiti, aludindo a revol...